Uma dos aspectos que sempre gostei em relação à História foram os revolucionários. Homens e mulheres que não se conformaram com o mundo ao seu redor e ousaram ser e fazer coisas diferentes. E com sua ousadia, com seus olhos no futuro, na esperança, transformaram não apenas a realidade ao seu redor mais também contribuíram para que a História fosse escrita de forma diferente, pois muitas vezes melhor.
Essas pessoas parecem que não se encaixam muito bem no mundo, na ordem econômica, política e cultural em que estão inseridos. E por não serem “desse mundo” conseguem fazer dele um lugar diferente.
E essas pessoas se tornam incompreendidas, perigosas, tem que ser caladas de uma forma ou de outra. Nessas horas eu me lembro do trecho da música do Ira! , “É assim que me querem”, que diz: “ É assim que me querem. Sem que possa pensar. Sem que possa lutar. Por um ideal.” E de fato somos de uma forma geral programadas e programados para entrar na caixinha, no patrão estabelecido, pensar é perigoso, quase que maligno.
Mas teve um cara que no dia 31 de outubro de 1517, não se conformou com a realidade que via, quis sair da caixinha, dos padrões estabelecidos, foi uma cara que refletiu muito, teve grandes crises também, mas que ousou ser diferente. E a história da humanidade tomou rumos diferentes. Seu nome Martinho Lutero. E como boa cristã protestante que sou, tenho uma profunda admiração pela vida dele, por sua coragem e ousadia.
Lutero revolucionou a forma de se ver a religião cristã, revolucionou a forma de se cantar na igreja, criou um novo movimento, e, de uma certa forma, contribuiu também para que a própria Igreja Católica Apostólica Romana, também repensasse sua prática. Como o mundo se tornou melhor por causa dele.
Contudo tenho insistido muito nos meus Cafés que as grandes revoluções do século vinte um podem ser feitas por pessoas simples como eu e você, nos lugares onde estamos e passamos. Com atitudes simples podemos mudar a vida de muita gente. E se todos nós formos contagiados pela vontade de mudar as realidades, injustas, opressoras e cruéis dos nossos dias, poderemos entregar aos nossos filhos um mundo muito melhor.
Um mundo com uma História melhor, diferente. Logo, encerro meu café com um convite, seja uma revolucionária, um revolucionário onde estiver!
* O título do texto é um trecho da música da cantora Pitty Revolução Mental.