Dia a dia, a dialética

Entre o bem e o mal
minha humanidade persiste
Entre o virtuoso e o profano
Meu coração insiste
Não posso (eu sei!) ceder ao autoengano
Nessa caminhada existencial
Não sou anjo, nem demônio:
Humano, e profundamente espiritual
Devoto de Jesus
miro seus passos
levo minha própria cruz
Na página da vida deixo meus traços
lutando pelo que é bom, suportando o  que mau
desatando mil embaraços
Com muito custo
vivendo e convivendo
Aprendendo até por susto
a provar as delícias da vida
Permitindo-me ser essa síntese
tão complexa e tão vívida
Equilibrando-me entre a liberalidade e a disciplina
vencendo a fraqueza e o medo
Dormindo tarde
acordando cedo
como é comum aos homens sem capital
amando e sendo amando
odiando e sendo às vezes odiado (imagino!),
tentando perdoar e ser perdoado
tristemente, ou alegremente (não consigo definir)
Aprendendo a dar passos firmes
Em todos os dias
reaprendendo a viver!

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